UMA MISSA SEM PADRE, MAS COM MUITA ARTE

por jcerca em 28 de Abril de 2019

Em pleno Domingo de Pascoela (2º Domingo de Páscoa) teve lugar na igreja do Mosteiro de Arouca um Concerto composto pela “Missa Brevis” de Jacob de Haan.  Trata-se de uma missa para Coro e Orquestra de Sopros composta a pedido do Conselho para a Música e a Cultura da Alta Alsácia, em Éguisheim, na França, por ocasião das celebrações dos mil anos do nascimento do Papa Leão IX. A estreia mundial teve lugar a 23 de Junho de 2002 sob a direcção do compositor, nascido em 1959 na Holanda e considerado “um dos mais conhecidos compositores contemporâneos de música para instrumentos de sopro”.

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Este concerto só foi possível graças ao intercâmbio cultural entre o coro paroquial de Santa Eulália de Oliveira do Douro e do Orfeão de Arouca, acompanhados pela Orquestra de sopro da Academia de Música de Vilar do Paraíso.

Antes da interpretação dos diversos trechos musicais desta “Missa Brevis”,  o público teve ocasião  de assistir à interpretação de três peças de meados do sec.XVII em que a trompete e o órgão ibérico do Mosteiro de Arouca foram as vedetas que ecoaram brilhantemente no belíssimo espaço barroco, como o são a igreja e o coro das freiras do Mosteiro de Arouca.

A direcção dos coros esteve a cargo de Patrícia Quinta e de Ivo Brandão, sendo a orquestra dirigida por Filipe Pinho.

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No final desta “Missa Brevis” foi entregue um ramo de flores aos respectivos maestros e dirigentes dos coros intervenientes, tendo a Presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, enaltecido o trabalho de intercâmbio artístico entre estas duas entidades que proporcionaram a todos um concerto que, no dizer da autarca arouquense, “esteve à altura deste belíssimo espaço que é património nacional”.

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Refira-se que este concerto teve lugar ontem à noite, na igreja de Santo Ovídio em Gaia, sendo repetido, no próximo dia 30 de Abril, na igreja paroquial de Oliveira do Douro.

José Cerca

Publicado no jornal “Discurso Directo” nº491 de  03 de maio de 2019

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1 Pedro Marques ( josé pedro carvalho marques) 7 de Maio de 2019 às 6:20

Gosto muito da fio melódico desta “missa brevis” que já ouvi por diversas vezes e uma vez até no vizinho concelho de Tarouca. Dou os meus parabéns pela qualidade e sensibilidade de interpretação. E tive pena de não poder assistir ao vivo numa igreja onde me sinto muito bem e numa terra que é minha de coração e terra da minha esposa e de dois dos meus filhos. Votos, sempre, de muito sucesso.
Parabéns aos intérpretes e talentoso maestro.

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