O Dia da Floresta Autóctone, dia 23 de Novembro, foi estabelecido para promover a preservação e a promoção das florestas naturais e a necessidade de as salvaguardar da destruição.
Atendendo aos diversos factores de destruição a que as espécies florestais portuguesas têm sido sujeitas, nomeadamente pela destruição, através do fogo, e por uma errada politica na ocupação do solo e no ordenamento do território, é importante promover no terreno acções de Sensibilização e Educação Ambiental.
Nesse sentido e para assinalar o Dia da Floresta Autóctone, os alunos do CEF de Produção Florestal a funcionar na Escola E.B.2,3 de Arouca e o Curso de Produção Agrícola da Associação Florestal de Entre Douro e Vouga realizaram, no dia 23 de Novembro, uma plantação de espécies autóctones no monte da Senhora da Mó.
Com o apoio técnico e pedagógico da AFEDV foram plantadas várias espécies desde sobreiros, carvalhos, castanheiros, pinheiros mansos, casuarinas e ciprestes do Bussaco.
Estudos feitos levaram a concluir que este dia está mais adaptado às condições climatéricas portuguesas para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, em vez do tradicional Dia Mundial da Floresta – 21 de Março, que será mais adequado para os países do Norte da Europa.
E a verdade é que a maior parte das acções de plantação de árvores que, por todo o lado, se têm efectuado, no início da Primavera em Portugal, nomeadamente através de escolas, tem apresentado um baixo sucesso, devido ao aumento das temperaturas e à redução das chuvas que se faz sentir com a proximidade do Verão. É por esse motivo que estudos feitos levaram a concluir que, relativamente ao nosso País, a época mais adequada para a plantação de árvores será em Novembro e não em Março.
Relativamente ao Monte da Senhora da Mó, autêntico mirante sobre o verdejante vale de Arouca, pensamos que todas as iniciativas, como esta, de promover a sua reflorestação com espécies autóctones, são de incentivar e de apoiar, não só por parte de entidades privadas, mas sobretudo pelos organismos responsáveis pelo nosso ordenamento florestal, tão importante para o equilíbrio ecológico do nosso Planeta.
José Cerca
Publicado no Semanário “Discurso Directo” nº81 de 27 de Novembro de 2009
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Caro Cerca
Tenho referido nos últimos posts o problema da reeestruturação do sector do castanheiro, em Arouca.
A Associação Florestal de Entre Douro e Vouga vai desenvolver um projecto de valorização dos soutos existentes, sobretudo, entre Moldes e Chave.
As novas enxertias com variedades mais adequadas(longal, amarelal ou hibrido francês) podem representar um rendimento apreciável para os proprietários florestais.
Um abraço
Zeferino
Não sabia que a Casuarina e o Cipreste do Buçaco eram árvores autóctones, mas está-se sempre a aprender…
(são autóctones respectivamente do hemisfério sul e do México, olaré)
Eu aprendi mesmo hoje!
Há… Há… Há…