ACADEMIA SÉNIOR DE AROUCA

por jcerca em 20 de Setembro de 2023

aula catedrática” abre ano académico

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Foi na tarde do dia 19 de setembro que a Academia Sénior de Arouca abriu o seu novo ano académico com a presença do catedrático Professor Dr. Arnaldo Pinho que, perante uma sala completamente cheia, falou sobre o envelhecimento ativo e sobre a importância que instituições como a Asarc desempenham na sociedade e no apoio social, junto dos mais idosos, promovendo uma melhor qualidade de vida sénior.

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Na verdade, tal como foi referido por este catedrático, vivemos, cada vez mais, numa sociedade individualista e competitiva, “ uma sociedade de muita comunicação e pouca comunhão”.

Após esta breve “aula catedrática” seguiu-se a atuação do grupo de cavaquinhos da asarc que interpretou quatro peças do seu reportório e que aqueceram o ambiente para o momento de convívio que se seguiu e que foi preenchido por um lanche oferecido pela asarc a todos os presentes.

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E assim, com agradáveis momentos de reflexão, de música e de convívio se abriu o novo ano académico na Academia Sénior de Arouca.

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José Cerca

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CICLO IBÉRICO DE ÓRGÃO RAINHA SANTA MAFALDA

por jcerca em 10 de Setembro de 2023

Ciclo ibérico de orgão

Promovido pela Real Irmandade Rainha Santa Mafalda, com a supervisão técnica do organista titular do órgão do Mosteiro de Arouca, Paulo Bernardino, teve lugar, no cadeiral do Mosteiro de Arouca o I Ciclo ibérico de Órgão Rainha Santa Mafalda que decorreu nas tardes dos dois últimos domingos de Agosto e dos dois primeiros domingos de setembro.

O programa deste ciclo constou da interpretação de peças de autores do sec.XVI-XVIII para órgão ibérico e a sua execução trouxe a Arouca prestigiados organistas especializados neste tipo de órgão.

 Os organistas

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Além de Paulo Bernardino que é também organista titular da Sé Catedral de Coimbra, bem como organista titular da Capela da Universidade de Coimbra, deram vida a este ciclo de órgão ibérico a organista espanhola Marisol Mendive que é também a presidente da Associação de amigos do órgão da Galiza e cujo reportório foi todo ele preenchido por autores espanhóis dos sec. XVII e XVIII.

Marisol Mendive_2º concerto

Os dois concertos de setembro estiveram a cargo dos organistas Rui Fernandes Soares e João Santos.

Natural de Fiães, Santa Maria da Feira, Rui Soares, além de organista é também cravista e desempenha a função de organista na igreja da Senhora da Conceição no Porto, tendo sido nomeado, desde 2014, organista titular da igreja dos Clérigos, onde é o responsável pelos concertos diários de órgão que aí se realizam.

Rui Soares_3º concerto

Por sua vez, João Santos tem-se destacado nas áreas de Órgão e de Composição, tanto a nível nacional como internacional, tendo participado em prestigiados concursos internacionais de órgão. Foi organista titular do Santuário de Fátima de 2010 a 2018 e é, atualmente, o organista titular da catedral de Leiria, desde 2007.

João Santos_4º concerto

Do coro alto para o coro baixo

Apesar dos organistas atuarem no coro alto, onde está o acesso ao teclado, o público presente pode acompanhar, mais de perto, através da projeção em plasma, ao nível do coro baixo, toda a sua atuação, quer no teclado, quer na mudança dos diversos registos.

Construído pelo organeiro Manuel Bento Gomes Ferreira, natural de Valladolid, entre 1739-1741, este órgão tem 1352 vozes, alimentadas por 24 registos. Trata-se de um órgão ibérico muito apreciado pelos especialistas, que o consideram um dos mais importantes exemplares da organaria deste tipo no mundo.

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Este ciclo de concertos, que trouxe a Arouca conceituados organistas especializados neste tipo de órgão, permitiu ao público presente apreciar, não só as enormes potencialidades sonoras deste órgão ibérico, como admirar toda a beleza da arte barroca que o rodeia, quer em talha dourada, quer em pintura e estatuária.

De acordo com números recolhidos, junto dos serviços de entrada no Mosteiro, terão passado por este ciclo de 4 concertos mais de 400 pessoas.

Batalhas sonoras

De referir que todos os 4 concertos terminaram com a interpretação de “Batalhas” de autores diversos, sendo Pedro de Araújo (1640-1705) o compositor português e organista da Sé catedral de Braga (1662-1665) quem mais se destacou neste tipo de composição para órgão ibérico.

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Trata-se de um género musical surgido em Portugal e Espanha e que se tornou popular nos sécs. XVII e XVIII, procurando tirar partido das características próprias do órgão ibérico, cujos tubos horizontais, providos de palhetas, permitem emitir um som estridente e vibrante, como o de trombetas incitando os supostos guerreiros a combater numa imaginária batalha, que, ao fim e ao cabo, personifica a batalha sonora entre o Bem e o Mal.

Memória e reconhecimento ao Dr. Luís Aguiar Soares

Este primeiro ciclo de concertos de órgão de Arouca foi financiado pelos filhos do Dr. Luís Aguiar Soares, pelo que tal evento cultural e musical constituiu também uma homenagem de memória e de reconhecimento a este médico arouquense.

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Nascido em Arouca (Rossas), em 1940 e falecido em 2010 (30 de abril) Luís Aguiar Soares, tirou o curso de Medicina do Porto, onde foi um aluno “brilhante”. Concluída a licenciatura, foi para Angola, onde assumiu as funções de Assistente Universitário na Universidade de Luanda, tendo aí concluído a especialidade em patologia clínica.

Benemérito de diversas instituições, algumas delas arouquenses, é também ao Dr. Luís Aguiar Soares que se deve a instalação, em espaços do Mosteiro de Arouca, da Biblioteca Memorial D. Domingos de Pinho Brandão em 2015.

José Cerca

Publicado no jornal “Voz Portucalense” nº31 de 13 de  setembro de 2023

Publicado no jornal “Discurso Directo” nº595 de 22 de  setembro de 2023

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LISBOA, CAPITAL DO MUNDO

por jcerca em 17 de Agosto de 2023

Portugal foi uma gigante colina de todos os encontros, sobretudo durante a primeira semana de Agosto, por causa das JMJ que decorreram em Lisboa, mas que, algumas semanas antes, varreram o País inteiro com um incrível conjunto de atividades realizadas nas Dioceses e nas comunidades paroquiais, onde, em muitas delas, foram acolhidos inúmeros peregrinos vindos de todo o mundo.

As Jornadas Mundiais da Juventude, criadas em 1986 pelo Papa S.João Paulo II, fizeram de Lisboa o maior palco por onde passaram as mais diversas manifestações de cariz cultural e religioso e no qual os jovens, vindos de 184 países, não só escutaram palavras de esperança, de amor, de compreensão, como também exprimiram, das mais diversas maneiras, a sua alegria contagiante e a sua fé num Deus que chama cada um pelo seu nome e que a todos ama e acolhe incondicionalmente.

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Não há memória, no nosso País, de tão impressionante onde de alegria e de entusiasmo juvenil que varreu Portugal inteiro e que se concentrou em Lisboa formando multidões impressionantes, sobretudo durante os cinco dias em que o Papa Francisco esteve em Lisboa e se deslocou também a Fátima durante cerca de duas horas.

Foi seguramente uma bênção para o País e para todos os que, vindos de todo o mundo, aqui se concentraram, mobilizados pelo Papa Francisco, autentico profeta dos nossos tempos e que a todos deixou gestos e mensagens muito diretas, concretas e simples, não só para os jovens, como também para a Igreja, para Portugal, para a Europa e para o Mundo.

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As excelentes transmissões televisivas conseguiram projetar para o País e para todo o mundo esta onda contagiante de juventude e não deixou ninguém indiferente perante os banhos de multidão que foram acontecendo durante os cinco dias da presença do Papa Francisco nas JMJ.

O anticlericalismo primário

Sempre que a Igreja Católica protagoniza qualquer acontecimento no nosso País, seja referente às peregrinações a Fátima, seja com a vinda de qualquer Papa a Portugal, ou outro evento qualquer realizado sob a influência da Igreja católica, não falta nunca, sobretudo nas redes sociais e em determinados média, o despoletar de um anticlericalismo primário e jacobino que exprime a cegueira ideológica de determinadas pessoas que se sentem incomodadas com a força mobilizadora e com a influência cultural, social e religiosa da Igreja Católica.

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Foi o que aconteceu também desta vez face ao sucesso organizativo e mobilizador das JMJ.

Desde a polémica dos cartazes sobre os abusos sexuais, desde as bandeiras arco-iris e as bandeiras trans, desde a ridícula manifestação no Martim Moniz até à estranha missa LGBT, tudo isso foram tentativas inúteis e ridículas para perturbar o desenrolar das JMJ e de ofuscar o brilho, o sucesso e o entusiasmo contagiante de milhares de jovens vindos de todo o mundo e que a todos contagiaram com a sua alegria e o testemunho da sua fé.

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De entre os inúmeros comentários derrotistas e ressabiados que proliferaram pelas redes sociais escolho este de uma advogada (Sara Magalhães) que revela bem o incómodo e a frustração de certas pessoas perante o sucesso das JMJ:

Acho ridículo as JMJ. Quero que se lixem todos os voluntários, peregrinos, padres e Papa. Estou nem aí para ouvir e ver missas em todos os canais. Não sou católica, não tenho de levar com esta patetice toda num estado dito laico. Critico severamente a igreja. As televisões. E o governo.”

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Com tanta coisa linda, profunda e entusiasmante que aconteceu durante as JMJ é triste ver ainda tanta gente ressabiada que não quer, ou não consegue partilhar do enorme sucesso que foram as JMJ que conseguiram congregar, pela primeira vez no nosso País, 1 milhão e meio de pessoas, na sua grande maioria jovens. É de gente assim como a que as JMJ conseguiram mobilizar, que o mundo precisa para ser melhor e não de gente mesquinha que não consegue olhar a vida para além do seu umbigo.

José Cerca

Publicado no jornal “Discurso Directo” nº594 de 08 de  setembro de 2023

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MÚSICA AO VIVO AQUECEU NOITE FRESCA DE VERÃO

por jcerca em 9 de Julho de 2023

Um pouco fresca para o mês de julho, mas musicalmente muito agradável, foi assim a noite do dia 8 de julho, com música ao vivo, no parque de lazer do bairro da Granja.

A pretexto do 21º aniversário da inauguração deste parque, quis o Agrupamento de freguesias de Arouca e Burgo proporcionar uma noite de música ao vivo naquele agradável espaço de lazer da Vila de Arouca.

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O músico convidado foi Nuno Casais, natural de Fão, do concelho de Esposende e que recentemente foi o grande vencedor de um concurso promovido pela banda norte-americana “Imagine Dragons”.

Interpretando canções, não só da sua autoria, mas percorrendo temas diversos, quer de bandas portuguesas, quer de vários autores estrangeiros da década de 70, Nuno Casais proporcionou à vasta plateia, reunida sob as frondosas árvores daquele parque, uma agradável noite musical que entusiasmou o público presente, que não resistiu a acompanhar vários temas do músico, quer com palmas, quer com incursões em melodias bem conhecidas do público.

Toda esta interação entre o cantor e o público permitiu transformar uma noite fresca de verão numa agradável noite musical, graças à fantástica interpretação de Nuno Casais.

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A noite terminou com a interpretação de um tema extra que fez de Nuno Casais o grande vencedor do referido concurso promovido pela banda norte-americana “Imagine Dragons” e que consistiu numa nova versão do tema “Wrecked” incluído no álbum mais recente daquele grupo. Refira-se que a versão que esta cantor português fez para esse concurso foi escolhida, através de votação on line, entre mais de 120 pessoas de vários cantos do mundo, cabendo ao músico de Esposende o 1º lugar e um prémio de 50 mil euros.

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Parabéns a quem proporcionou um tão agradável momento musicalmente, num espaço tão acolhedor para eventos do género.

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José Cerca

Publicado no jornal “Discurso Directo” nº592 de 07 de  agosto de 2023

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ENCONTRO DE ANTIGOS ALUNOS DE D.BOSCO

por jcerca em 4 de Julho de 2023

Evocação, louvor e agradecimento

Integrado no 60º aniversário do Santuário nacional de Nossa Senhora Auxiliadora, realizou-se no dia 1 de julho o encontro nacional de Antigos Alunos de D.Bosco, na Casa Salesiana de Mogofores.

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Depois do mútuo abraço de acolhimento de cada um dos que iam chegando ao pátio do Colégio, vigiados pela altaneira torre do Santuário, os participantes reuniram-se num dos auditórios do Colégio Salesiano, infelizmente, há um ano sem utilização escolar, devido ao seu encerramento.

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Aí, o Diretor cessante, Pe. José Fernandes, deu as boas-vindas a todos os presentes, seguindo-se uma breve mensagem de reflexão transmitida pelo Delegado nacional da Família Salesiana, Pe. Joaquim Taveira. Nessa reflexão, o delegado cessante referiu que os Antigos Alunos são, antes de mais, pertença da Igreja, à qual todos nós pertencemos, e salientou o amor que D.Bosco sempre teve à Igreja e ao Papa, amor esse que quis transmitir aos seus Salesianos.

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Seguidamente, Celso Nogueira, na qualidade de Presidente da Federação Portuguesa dos Antigos Alunos de D.Bosco, dirigiu também uma breve mensagem a todos os presentes e apresentou o plano dos projetos da Federação.

Memórias do Santuário

Após este momento formativo e informativo fez-se um regresso ao passado, evocando memórias pela passagem por esta casa salesiana, muitas das quais incidiram na construção e na sagração do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, há 60 anos e ao qual muitos dos presentes ficaram ligados para sempre. Um belo Santuário que terá, certamente, marcado a espiritualidade daqueles que por lá passaram.

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Voto de louvor

Este momento evocativo serviu também para evocar a figura de um Antigo Aluno de D.Bosco, o Comendador Agostinho Santos, grande empresário, já por diversas vezes distinguido, mas que não pode estar presente por motivos de saúde de sua esposa.

Coube ao Juiz Jorge Santos fazer um breve percurso da sua caminhada até chegar ao mundo empresarial criando e dirigindo a empresa “Metalúrgica” em S.Martinho do Campo.

“O seu trabalho mereceu-lhe o título de COMENDADOR concedido pelo governo Cavaco Silva. A “Metalúrgica” andou nas televisões, ultimamente, porque distribui 50% dos lucros pelos trabalhadores. Exporta 97% da produção, até para o Japão. Em tempos teve o exclusivo dos bonecos da Disney. Só neste ano mereceu já o prémio Caixa Top 22 (concedido às melhores empresas) e o Cotec 2023 por atingir “elevados padrões de inovação, solidez financeira e desempenho económico”. Perante tudo isto, foi proposto um voto de louvor pelo sucesso empresarial deste antigo aluno “marcado pelo espírito de D.Bosco” e que foi aprovado por uma longa salva de palmas.

A Eucaristia

Em espírito de ação de graças, pela existência deste Santuário mariano que, desde há 60 anos, tem sido espaço de oração, reflexão, de culto litúrgico e de evangelização, teve lugar o momento central deste encontro, com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Delegado nacional d Família Salesiana e que foi musicalmente animada pelo Jorge Santos, Manuel Genciano e Manuel Cardoso Leal.

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Os 60 anos de vida desta Santuário já revelam algumas fragilidades, nomeadamente na sua cobertura a precisar de ser substituída. Por isso, a organização deste encontro lançou uma campanha para angariação de fundos para esse efeito. E no momento do Ofertório o produto dessa recolha foi colocado no cestinho das ofertas, totalizando a verba de 1910 € destinada a essa campanha.

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Feira do livro de autor

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Uma das inovações deste encontro foi a realização de uma pequena feira do livro de autor, com a exposição de diversos títulos publicados pelos respetivos autores. Desde a prosa à poesia, da crónica à ficção, da história à reflexão, vários foram os títulos aí presentes e que, após a sua apresentação, foram vendidos, permutados, ou oferecidos, conforme a decisão dos respetivos autores. Houve mesmo quem tenha canalizado o produto das vendas dos seus livros para a campanha a favor da nova cobertura do santuário.

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Foi precisamente isso que aconteceu, após o almoço servido no refeitório do Colégio e que decorreu num ambiente de sã camaradagem, num espaço outrora utilizado pela maioria dos presentes neste encontro.

Almoço

Esse ambiente continuou na referida feira do livro que foi antecedida de um momento musical, recordando melodias do passado cantadas ainda com a juventude de espírito de todos os que se sentem “marcados pelo espírito de D.Bosco”.

convivio musical

José Cerca

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