Em pleno “Ano da Fé”, o Papa quis estender mais uma ponte entre a Igreja Católica e o Mundo, assinalando a sua presença no Twiter, uma rede social da internet que se distingue por permitir mensagens só até 140 carateres.
O objetivo desta nova conta, que já tem mais de um milhão de seguidores, é “dar maior alcance à mensagem evangélica” e uma maneira do Papa afirmar, uma vez mais, a importância da Igreja estar presente no mundo digital, dando assim lugar a “uma nova forma de evangelização”.
É interessante a escolha do nome da conta Pontifex. O facto de ser em latim e não estar ligada a nenhum País pretende exprimir o caráter universal da Igreja, dado que o latim foi inicialmente a língua oficial do catolicismo. Por outro lado, esta palavra que em Latim quer dizer, não só Pontifice, mas também construtor de pontes, pretende exprimir a ligação que o Bento XVI, com esta presença nas redes sociais, quer fazer com o mundo, independentemente da cor, língua ou religião.
Curiosa foi também a hora escolhida pelo Vaticano para o Papa escrever a primeira mensagem nesta rede social e que foi teclada diretamente pelo Pontífice às 12h do dia 12, do mês 12, do ano de 2012.
«Queridos amigos, é com alegria que entro em contacto convosco via twitter. Obrigado pela resposta generosa. De coração vos abençoo a todos» foram as primeiras palavras do Papa em português, nesta rede social.
Além da língua portuguesa, a conta do Papa no Twitter, @pontifex tem versões em espanhol, italiano, polaco, alemão, francês e árabe, tendo superado já um milhão e 600 mil seguidores, depois de o pontífice ter lançado o seu primeiro tweet na rede social .
Seguiram-se três perguntas e três respostas, totalizando sete “tweets” no primeiro dia, vindos de 3 continentes diferentes.
Com a presença no Twitter, o Papa quere animar a todas las instituições da Igreja e todos os crentes para que adotem uma presença mais evangelizadora no “continente digital”. Os “tweets” do Papa estarão disponíveis para crentes e não crentes, fomentando entre todos a partilha, a discussão e o diálogo.
José Cerca
Publicado no semanário “Discurso Directo” nº236 de 14 de dezembro de 2012