HÁ INCÊNDIO NA FLORESTA

por jcerca em 24 de Novembro de 2018

Numa altura em que não só Arouca, mas também todo o País ainda estará bem recordado da tragédia que, recentemente, afetou  numerosas das suas  localidades, atingindo-as nos seus recursos humanos, materiais  e florestais, a publicação desta história infantil “Há incêndio na floresta” não poderia ter sido mais oportuna, pelo contributo que poderá trazer  para a sensibilização desta problemática, a partir das crianças.

Técnica superior da Câmara Municipal de Arouca, a trabalhar nos serviços da Biblioteca Municipal, Margarida Rocha é a responsável por esta história infantil que a editora “Trinta por uma linha” trouxe a público numa bela obra gráfica e ricamente ilustrada por Hélder Barbosa.

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Na sessão de apresentação que teve lugar, no dia 23, dia da Floresta autóctone,  na Biblioteca D.Domingos de Pinho Brandão, a Presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, ao referir-se a este “espaço tão belo e significativo do Mosteiro de Arouca”, aproveitou para anunciar, que nesse mesmo dia, tinha sido lançado pelo Instituto do Turismo de Portugal o concurso para a instalação de uma unidade de alojamento na ala sul, integrado no Programa governamental “Revive”.

Referindo-se à apresentação da obra Margarida Belém considerou-a “especial”, por se tratar de uma obra infantil de uma arouquense; “especial” por abordar um tema que está na ordem do dia, e “especial” por a autora ser também colaboradora municipal na respectiva Biblioteca.

Por sua vez, o editor João Manuel Ribeiro referiu que uma das linhas de orientação da editora “Trinta por uma linha” é dar voz a autores que nunca editaram qualquer obra. Considerado que o tema da história abordada nesta obra é muito bonito, muito actual e enriquecido por uma linda ilustração gráfica, entende que este livro poderá funcionar como uma campanha de prevenção contra incêndios, mesmo que as personagens da história não sejam pessoas, mas sim animais da floresta.

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Muito ligado à temática dos incêndios e das florestas, pelos  cargos que já ocupou à frente do Município de Arouca e pelo cargo que, presentemente, ocupa como Secretário de Estado da Protecção Civil, Artur Neves transpôs para a sociedade e para a vida real a lição e a maneira de agir das personagens desta história que, perante a realidade do incêndio imediatamente se organizaram, montaram vigilância,  trataram do ordenamento e apostaram na prevenção. Artur Neves considerou esta obra infantil muito didáctica, abordando uma problemática muito actual como são a floresta e os incêndios.

Coube a autora falar um pouco da obra, começando por manifestar o seu grande gosto, a sua “paixão” em ler e em escrever. Agradeceu à Editora esta oportunidade que lhe deu e à Câmara salientou todo o apoio que sempre dá à divulgação do capital humano arouquense.

Esclarecendo que escreveu inicialmente esta história para o seu filho, referiu que nela não há uma atitude de culpabilização de ninguém perante a evidência do incêndio surgido, mas uma grande união de todos os personagens para fazerem frente ao incêndio deflagrado no mundo dos animais.

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Entende a autora que esta história será um pequeno contributo para a educação das novas gerações e uma sensibilização de todos para a preservação e protecção da floresta em permanente perigo de vida. Seguiu-se um momento para a autora autografar, com uma breve dedicatória personalizada, os livros adquiridos.

A sessão de apresentação terminou com um porto d’honra acompanhado da habitual doçaria conventual.

José Cerca

Publicado no jornal “Discurso Directo” nº480 de  30 de novembro de 2018

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