As visitas de estudo da Asarc são sempre uma das atividades mais desejadas e bem participadas pelos seus alunos e associados, pois constituem momentos, não sé de alegre convívio, como também de enriquecimento cultural.
No dia 22 de janeiro 52 membros da Asarc realizaram a sua primeira visita de estudo deste ano e que os levou a conhecer um pouco melhor a região de Aveiro.
A visita à “Caso do Marinheiro”, mais conhecida por Casa-Museu Egas Moniz, em Avanca, foi a primeira paragem nesta digressão pelo território aveirense e que proporcionou aos visitantes seniores, não só apreciar o valioso e diversificado espólio artístico dessa Casa-Museu, como conhecer também algumas facetas da vida do primeiro Prémio Nobel português atribuído a este médico que foi professor catedrático na Universidade de Coimbra, onde se notabilizou pelos seus estudos no âmbito da angiografia cerebral e leucotomia pré-frontal e que o tornaram mundialmente conhecido, a ponto de lhe ser atribuído o Prémio Nobel em 27 de outubro de 1949.
Enriquecidos por esta visita, os alunos seniores puderam, seguidamente, apreciar a paisagem natural desta rica região, dominada pela sua famosa ria e dirigiram-se à Vagueira para, num bem servido almoço, saborearem as delícias do peixe que constitui a mais famosa variedade gastronómica dessa região marítima.
E como o mar domina toda essa região aveirense, depois do almoço teve lugar uma Visita guiada ao Museu Marítimo de Ílhavo construído em 1937, mas que, desde 2001, está instalado num moderno edifício. Através do recheio que o compõe e do qual faz também parte um aquário do bacalhau instalado em 2013, os visitantes seniores puderam acompanhar toda a difícil faina do trabalho do mar, nomeadamente o da pesca do bacalhau à Terra Nova.
O último momento desta digressão por terras do nosso Distrito teve lugar em Válega, no concelho de Ovar, para uma visita à Igreja matriz de Nossa Senhora do Amparo, que se tornou bem conhecida pelo revestimento de azulejos policromáticos, da Fábrica Aleluia de Aveiro, não só da sua imponente fachada principal, como também do seu rico interior. Foi uma visita que surpreendeu e deslumbrou todos os visitantes pelo forte colorido e pela extensão da azulejaria que fazem desta igreja um exemplar único no País.
ma visita de estudo que engloba conquistas da Medicina, dignas de um Prémio Nobel, espólio artístico variado, história marítima de Portugal, degustação do peixe da nosso mar e arte religiosa, só pode ter contribuído para o enriquecimento cultural e para a vivência de um dia bem passado em alegre convívio, como vem sendo timbre das visitas de estudo promovidas pela Academia Sénior para todos os seus alunos e associados.
José Cerca
Publicado no jornal “Discurso Directo” nº510 de 7 de fevereirode 2020