LISBOA, CAPITAL DO MUNDO

por jcerca em 17 de Agosto de 2023

Portugal foi uma gigante colina de todos os encontros, sobretudo durante a primeira semana de Agosto, por causa das JMJ que decorreram em Lisboa, mas que, algumas semanas antes, varreram o País inteiro com um incrível conjunto de atividades realizadas nas Dioceses e nas comunidades paroquiais, onde, em muitas delas, foram acolhidos inúmeros peregrinos vindos de todo o mundo.

As Jornadas Mundiais da Juventude, criadas em 1986 pelo Papa S.João Paulo II, fizeram de Lisboa o maior palco por onde passaram as mais diversas manifestações de cariz cultural e religioso e no qual os jovens, vindos de 184 países, não só escutaram palavras de esperança, de amor, de compreensão, como também exprimiram, das mais diversas maneiras, a sua alegria contagiante e a sua fé num Deus que chama cada um pelo seu nome e que a todos ama e acolhe incondicionalmente.

JMJ_Parque Eduardo VII_multidão

Não há memória, no nosso País, de tão impressionante onde de alegria e de entusiasmo juvenil que varreu Portugal inteiro e que se concentrou em Lisboa formando multidões impressionantes, sobretudo durante os cinco dias em que o Papa Francisco esteve em Lisboa e se deslocou também a Fátima durante cerca de duas horas.

Foi seguramente uma bênção para o País e para todos os que, vindos de todo o mundo, aqui se concentraram, mobilizados pelo Papa Francisco, autentico profeta dos nossos tempos e que a todos deixou gestos e mensagens muito diretas, concretas e simples, não só para os jovens, como também para a Igreja, para Portugal, para a Europa e para o Mundo.

Laea_papa

As excelentes transmissões televisivas conseguiram projetar para o País e para todo o mundo esta onda contagiante de juventude e não deixou ninguém indiferente perante os banhos de multidão que foram acontecendo durante os cinco dias da presença do Papa Francisco nas JMJ.

O anticlericalismo primário

Sempre que a Igreja Católica protagoniza qualquer acontecimento no nosso País, seja referente às peregrinações a Fátima, seja com a vinda de qualquer Papa a Portugal, ou outro evento qualquer realizado sob a influência da Igreja católica, não falta nunca, sobretudo nas redes sociais e em determinados média, o despoletar de um anticlericalismo primário e jacobino que exprime a cegueira ideológica de determinadas pessoas que se sentem incomodadas com a força mobilizadora e com a influência cultural, social e religiosa da Igreja Católica.

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Foi o que aconteceu também desta vez face ao sucesso organizativo e mobilizador das JMJ.

Desde a polémica dos cartazes sobre os abusos sexuais, desde as bandeiras arco-iris e as bandeiras trans, desde a ridícula manifestação no Martim Moniz até à estranha missa LGBT, tudo isso foram tentativas inúteis e ridículas para perturbar o desenrolar das JMJ e de ofuscar o brilho, o sucesso e o entusiasmo contagiante de milhares de jovens vindos de todo o mundo e que a todos contagiaram com a sua alegria e o testemunho da sua fé.

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De entre os inúmeros comentários derrotistas e ressabiados que proliferaram pelas redes sociais escolho este de uma advogada (Sara Magalhães) que revela bem o incómodo e a frustração de certas pessoas perante o sucesso das JMJ:

Acho ridículo as JMJ. Quero que se lixem todos os voluntários, peregrinos, padres e Papa. Estou nem aí para ouvir e ver missas em todos os canais. Não sou católica, não tenho de levar com esta patetice toda num estado dito laico. Critico severamente a igreja. As televisões. E o governo.”

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Com tanta coisa linda, profunda e entusiasmante que aconteceu durante as JMJ é triste ver ainda tanta gente ressabiada que não quer, ou não consegue partilhar do enorme sucesso que foram as JMJ que conseguiram congregar, pela primeira vez no nosso País, 1 milhão e meio de pessoas, na sua grande maioria jovens. É de gente assim como a que as JMJ conseguiram mobilizar, que o mundo precisa para ser melhor e não de gente mesquinha que não consegue olhar a vida para além do seu umbigo.

José Cerca

Publicado no jornal “Discurso Directo” nº594 de 08 de  setembro de 2023

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