Depois da Hungria ter aprovado a sua nova constituição em Abril passado e na qual se protege a vida desde o momento da conceção, é agora a vez da Polónia se preparar para aprovar na sua constituição idêntica medida, o que questionará também naquele País europeu o direito das mulheres ao aborto.
Mantendo afastada da comunicação social estrangeira uma campanha pró-vida os seus promotores justificaram essa atitude com medo de que os movimentos pró-aborto do estrangeiro enviassem dinheiro para combater os esforços dos polacos.
O resultado dessa campanha foi surpreendente. Na verdade, para conseguirem a proibição total do aborto no Parlamento polaco, os promotores dessa campanha precisariam de recolher 100.000 assinaturas em três meses. Pois conseguiram obter 600.000 em apenas duas semanas. Face a esse surpreendente resultado os polacos estão confiantes que o parlamento da Polónia aprovará um histórico projeto de lei que consagrará a proteção total dos bebés no seio materno desde a sua conceção.
Para se compreender esta extraordinária recolha de assinaturas, um dos promotores da campanha refere a grande mudança cultural a favor da vida nos últimos anos, em que os polacos se colocaram fortemente a favor da total proteção da vida desde a sua conceção, graças aos incansáveis esforços dos grupos pró-vida, que têm organizado manifestações e outras campanhas para educar o povo a favor da vida.
Refira-se que o aborto foi, inicialmente, imposto ao povo polaco, que é profundamente católico, quando os tanques militares de Hitler invadiram o país há 70 anos. Após o fim do nazismo veio o comunismo soviético que reforçou a sua campanha estatal a favor do aborto.
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Esta herança do nazismo e do comunismo será derrotada, como tudo leva a crer, face à grande mobilização dos polacos contra a cultura da morte que lhes foi imposta, institucionalizando assim, com este projeto de lei, a proibição total do aborto, desde que a atual lei foi aprovada em 1993.José CercaPublicado no semanário “Discurso Directo” nº167 de 15 de julho de 2011 Publicado no “Jornal de Arouca” nº791 de 31 de julho de 2011 |